O cão esperou, como fazia todos os dias, às quatro horas da tarde, sem imaginar que o seu estimado dono havia sofrido um derrame fatal e falecera no seu local do trabalho.
Após a morte de seu mestre, Hachiko foi entregue ao cuidado dos familiares do professor, mas fugia constantemente e regressava sempre para a casa do seu dono.
Mas, com o passar do tempo, Hachiko percebeu que seu mestre já não morava lá e voltou então para a Estação de Comboio, o último lugar onde vira o seu dono.
E todos os dias ele regressava à estação, sempre com a esperança de encontrar o seu dono no meio dos inúmeros passageiros que por ali passavam.
Transeuntes e funcionários ficaram sensibilizados com a atitude do cão e começaram a trazer-lhe petiscos e alimentos.
Mas apesar da fama que ganhou, a sua vida pouco mudou. Os dias viraram meses, os meses viraram anos, e ao sol, à chuva ou com neve, Hachiko esperava na Estação de Shibuya, pelo Professor Ueno, dia após dia…
Em 1929, contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e apresentava feridas das brigas com outros cães.
Uma de suas orelhas já não levantava, e ele foi perdendo a figura sadia e forte de outros tempos.
Hachiko envelheceu, tornando-se vulnerável às doenças, uma delas a Dirofilariose Canina, um verme que ataca o coração, e que ditou o final da sua vida e da sua espera.
Hachiko esperou nove anos e dez meses pelo seu tutor!